Toda a árvore que não frutifica é cortada e toda aquela que dá fruto é podada, a fim de dar ainda mais fruto.
Ambas são cortadas, embora de formas distintas. As duas sofrem a fáctica dor da amputação. Uma, conhecendo a inevitável separação da vida ou a morte da grandiosa finalidade com que foi plantada, que é a morte da sua própria "alma". A outra, o "desmembramento" cirúrgico dos respectivos ramos e a metódica limpeza dos galhos que "se opõem" ao nascimento do fruto comestível, agradável ao paladar e a consequente renovação da vida.
Uma, perdendo irremediavelmente o propósito da comunhão com a fonte que alimenta e preserva a sua existência, acaba por perder, em última análise, a própria comunhão com a mesma fonte. A outra, "perde" apenas o que se interpõe no caminho, impedindo-a de frutificar ainda mais abundantemente.
Somente uma inteligência extraordinária poderá intuir e determinar em absoluto quais os ramos de que se pode esperar ainda suficiente e tragável fruto e aqueles que se encontram irremediável e definitivamente comprometidos, pelo facto do mesmo ser ocasional ou de má qualidade, já que nem tudo o que parece é.
Deixemos, então, as leituras de sentenças para quem está investido no cargo e possui legitimidade para fazê-lo e preocupemo-nos, antes, em "dar fruto" de qualidade, abundante e que satisfaça quem dele necessitar e se quiser alimentar.
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