sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Exilados - I

«Portanto diga: Assim diz o Soberano, o Senhor: Embora eu os tenha mandado para terras muito distantes entre os povos e os tenha espalhado entre as nações, por breve período tenho sido um santuário para eles nas terras para onde foram. Portanto, diga: Assim diz o Soberano, o Senhor: Eu os ajuntarei dentre as nações e os trarei de volta das terras para onde vocês foram espalhados, e lhes devolverei a terra de Israel. Eles voltarão para ela e retirarão todas as imagens repugnantes e os seus ídolos detestáveis. Darei a eles um coração não dividido e porei um novo espírito dentro deles; retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.»




Ez. 11: 16-19








«Tu repreendes e disciplinas o homem por causa do seu pecado;


como traça destróis o que ele mais valoriza;


de fato, o homem não passa de um sopro.»






Sl. 39:11








«Meu filho,


não despreze a disciplina do Senhor


nem se magoe com a Sua repreensão,


pois o Senhor disciplina a quem ama,


assim como o pai faz ao filho


de quem deseja o bem.»






Pv. 3:11, 12








«Entre os que me reconhecem incluirei Raabe e Babilónia(...)»






Sl. 87:4








«Junto aos rios da Babilónia nós nos sentámos e chorámos


com saudade de Sião.


Ali, nos salgueiros pendurámos as nossas harpas;


ali os nossos captores pediam-nos canções,


os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo:


"Cantem para nós uma das canções de Sião!"






Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira? (...)






(...) Ó cidade de Babilónia, destinada à destruição (...)»






Sl. 137: 1-4, 8








«Quando o Senhor trouxe os cativos de volta a Sião, foi como um sonho.


Então a nossa boca encheu-se de riso, e a nossa língua de cantos de alegria.


Até nas outras nações se dizia:


"O Senhor fez coisas grandiosas por este povo".




Sim, coisas grandiosas fez o Senhor por nós,


por isso, estamos alegres.




Senhor, restaura-nos,


assim como enches o leito dos ribeiros no


deserto.






Aqueles que semeiam com lágrimas,


com cantos de alegria colherão.


Aquele que sai chorando enquanto lança a semente,


voltará com cantos de alegria,


trazendo os seus feixes.»






Sl. 126









«Assim, ao todo houve catorze gerações de Abraão até David,


catorze de Davi até o exílio na Babilónia,


e catorze do exílio até Cristo»






Mt. 1:17








Exilados foram


transportados para longe


da vista


do coração dos homens



Estavam cobertos


de chagas vis


podres escaras que


a anestesiante apatia


acumulara


ao longo de dias de


cruel surda insensível



batalha


por Tua causa travada




Mas foi o Teu Amor


que os levou


a visitarem Babel


lugar de confusão de linguagens


espirituais



e de experiências dolorosas



para darem vida


a seus irmãos


e reanimarem


os prostrados do mundo

em perfeita identificação igualados




Lá os malditos


em ignominiosa ignorância


pediram-lhes cânticos


não discernindo


o Teu Amor que também é Paz


sustento na fome e


abrigo seguro na intempérie



Os cães uivando sempre


declararam-lhes o destino



Julgaram-nos



Disseram deles os religiosos


que se retalham nos templos


sacrificando em vão:



«Acabados estão! Vindo é já o seu fim!»


«Venham celebrar conosco!»



Mas não vêem


que lhes fizeste os caminhos


escorregadios


e podre a sua paz


Para tragá-los


num só momento


quando menos esperam


sem que possa haver socorro




Já os Teus,


caluniados, incompreendidos


humilhados


cuspidos no rosto


expoliados dos seus dons


sacudidos


para longe



completando


as dores do que foi


Ungido para reinar eternamente




Mas Tu mesmo


os arremessaste


para lá


para a terra da sua cura



Feriste-os


para poderes sará-los


Desenganaste-os


para poderes conduzi-los


por caminho plano


fiel


Confiscaste-lhes os bens


para que nada receiem perder



entregando-se


em Tuas mãos invisíveis


seguras


como nenhumas outras



Porquanto são Teus


Não como os bastardos


com quem nada tens em


comum


a quem tampouco conheces


pelo nome



Aqueles são Tua herança


para sempre




Babel é também Tua


Parte intencional do Teu plano


para os filhos dos homens


a quem queres bem



Mas vem o fim, o fim


dela vem!


E não se atrasará



Transitoriedade temporal


objecto limitado


no espaço e no tempo


do Teu insondável


Amor



Sião é, contudo, p'ra sempre


morada permanente de Justiça, Paz e Verdade


recriada da nova semente


incorruptível que plantaste


nos corações ensanguentados



da Tua deportação




A Ti traremos nossos molhos


atados com laços eternos


inquebráveis


Tu os ceifarás de nós



Teu sorriso enigmático


paira sobre todas as Tuas gerações



sobre nosso chamamento


datadas



até ao primo encontro com


o Teu Rei



do nosso avistamento


até ao Teu exílio


para onde nos arremessaste



na Tua sabedoria



do Teu exílio


de volta à face do Teu Rei



até que o Seu atraente


irresistível carácter


afunde


se aperfeiçoe


se confunda



em nós



catorze vezes três


Tua perfeição multiplicada


pelo Teu Filho



confirmação tríplice


do Teu Espírito



humorada simbologia



Tua perfeição


por minha humanidade


perpassada



espiritual insuflação


em narinas


de barro formadas









terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Recriação

«Eles voluntariamente ignoram isto:

que, pela Palavra de Deus,

já desde a antiguidade existiram

os céus e a Terra,

que foi tirada da água e no meio

da água subsiste.»



2 Pe. 3:5















Criados em Teu propósito


uma e outra vez recriados





Céus, Terra, mar e abismo







Morte de milhões de estrelas caídas



universal inundação



Água do fogo nascida



retumbante escuridão





que reacendeste



no cosmos







Sismos, gemido



convulsão planetária



Idade Glaciar cristalizada


Antropomorfias, arautos perpétuos




de que o que é já foi afinal


um dia




o que há-de ser também foi já




e de que pedes conta do que passou


a esta como àquela geração





A perene conclamação do dia:



«Dêem fruto



multipliquem a herança



façam outra vez plena a Terra


reabastecendo-a de justiça



tragam-na sob verdadeiro domínio



A todo o peixe do infinito mar de gente



a cada espírito entre Terra e céu esvoaçante



a toda a espécie de animal indomável



e desprovido de entendimento



que sobre ela se mova



súbditos da eterna autoridade



do Meu inequívoco, irrevogável




irresistível Amor...»





Ah!... A liberdade do Teu Amor!


Que me solta, ante o fogo que despedaça agora


a penha



que desnuda as brenhas



de amanhã...





«Às três, é de vez!»


Vox populi, vox dei





Novos céus, nova Terra





mas já sem abismo separador entre nós


entre o Teu trono e o meu





Lugar de autêntica justiça e paz


da nossa doce intimidade




recriado










vd. «The Bible, Genesis & Geology»,

at http://kjvbible.org